Jorge Seif lamenta que CPMI tenha perdido credibilidade

O senador Jorge Seif (PL-SC) lamentou o resultado da votação dos requerimentos de convocação, realizada nesta terça-feira, dia 13, na reunião da a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

Por 20 votos a 11, a CPMI aprovou todos os requerimentos do governo e rejeitou a maior parte dos apresentados pela oposição.

Por uma série de votações em bloco, o colegiado privilegiou a tese da orquestração de um golpe, proposta pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA), em detrimento do foco nas omissões de autoridades federais.

“Infelizmente, a CPMI perdeu completamente a credibilidade, já que a convocação dos verdadeiros responsáveis pelas omissões do dia 8 de janeiro foi barrada, ao mesmo tempo que membros do governo Bolsonaro são perseguidos”, disse Seif.

Para o senador catarinense, o fato da autoridade máxima na proteção do Palácio do Planalto, ministro do GSI, que foi filmado passeando entre os invasores e adulterou relatórios, ter sido protegido, é um forte indício da parcialidade da Comissão.

“Então, se continuar nesse caminho, já sabemos que querem colar a narrativa de golpe de estado e repetir a mesma estratégia da CPI do COVID, que protegeu governadores, que não foi atrás da roubalheira de dinheiro público, tudo isso, para colocar, novamente, a culpa no presidente Bolsonaro”, alertou.

 

Requerimentos

O plenário também decidiu manter nos requerimentos aprovados o pedido de incluir acesso aos documentos de investigações sobre o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contestado pela oposição.

Por 20 votos a 12, foi derrubada a proposta do deputado Felipe Barros (PL-PR) de excluir esse item por considerá-lo estranho ao tema da CPMI. Na pauta havia 285 requerimentos, sendo 181 para busca de informações, incluindo aqueles sem consenso.

Entre os nomes que serão convocados para a CPMI do 8 de janeiro estão o tenente-coronel Mauro Cid, ex-funcionário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Principal nome que a oposição gostaria de levar ao colegiado, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, general Gonçalves Dias, não foi convocado. Aprovou-se apenas uma solicitação de informação ao GSI sobre a presença de Dias no Palácio do Planalto em 8 de janeiro.

A próxima sessão da CPMI será em 20 de junho.