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    Senador chora em CPMI e chama general de “covarde” por permitir prisão de pessoas acampadas após o 8 de janeiro

    Ex-comandante militar do Planalto disse que cumpriu ordem judicial ao apoiar forças de segurança na desmobilização de acampamento em frente ao quartel-general do Exército

    Senador Jorge Seif (PL-SC) chorou durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, na tarde desta quinta-feira (14), ao chamar de “covarde” o depoente Gustavo Henrique Dutra de Menezes
    Senador Jorge Seif (PL-SC) chorou durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, na tarde desta quinta-feira (14), ao chamar de “covarde” o depoente Gustavo Henrique Dutra de Menezes Reprodução

    Marina DemoriMarcos Amorozoda CNN

    Brasília

    O senador Jorge Seif (PL-SC) chorou durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, na tarde desta quinta-feira (14), ao chamar de “covarde” o depoente Gustavo Henrique Dutra de Menezes.

    Dutra é general, foi comandante do Comando Militar do Planalto (CMP) e responsável pelo quartel-general do Exército em Brasília durante os acampamentos montados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após as eleições.

    Seif acusou o ex-comandante de “entregar” os militantes acampados em frente ao quartel-general em Brasília para serem presos. O senador exibiu, na sessão, um vídeo em que manifestantes pediam para que as Forças Armadas salvassem o Brasil e questionou o general sobre uma omissão diante do que chamou de “clamor do povo”.

    “O senhor tem coragem agora de chamar essas pessoas que clamavam por vocês, clamavam por justiça, de criminosos, general?”, questionou.

    Ao longo do depoimento, Dutra afirmou reiteradas vezes que obedeceu à ordem judicial expedida no dia 9 de janeiro para dar apoio às forças policiais na ação.

    “Houve os atos do dia 8, as pessoas, algumas delas, retornaram para a praça, houve uma ordem judicial do Supremo Tribunal Federal, o Exército recebeu a incumbência de auxiliar as forças de segurança pública na desmontagem e desocupação do acampamento e na prisão em flagrante das pessoas e condução por parte da segurança pública para a triagem”, disse.

    O depoente narrou, na oitiva, como foi a desmobilização do acampamento em 9 de janeiro, dia seguinte às invasões das sedes dos três Poderes. E lembrou que a primeira tentativa de dispersar o grupo, no dia 29 de dezembro de 2022, foi frustrada por determinação do então comandante do Exército, general Freire Gomes.

    “O comandante do Exército estava acompanhando, viu que o clima na praça havia ficado mais tenso. Ele me perguntou o que estava acontecendo, eu expliquei, e ele determinou que a operação fosse cancelada com a presença da PM e continuasse somente com o Exército, como estava previsto”, afirmou.

    Veja também: CPMI do 8 de janeiro prepara nova rodada de depoimentos