Ao usar a tribuna, nesta terça-feira, 3, o senador Jorge Seif (PL-SC) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear as contas bancárias da Starlink, empresa de internet via satélite de propriedade de Elon Musk. A medida foi tomada para garantir o pagamento de multas aplicadas à rede social X (antigo Twitter).
“Os senadores de Santa Catarina já se posicionaram: querem investigação! E o senador que você elegeu, pelo seu estado, como se posicionou? Peça a ele que se posicione, se é a favor, se é contra ao que está acontecendo, especialmente com a Starlink, uma empresa que não tinha nada a ver com o Twitter, o atual X. Foram lá e congelaram tudo da empresa”, disse.
Seif também citou o caso do ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que está sendo investigado pelo vazamento de mensagens entre assessores de Moraes, que indicam, segundo o parlamentar, supostas ações extraoficiais de Alexandre de Moraes.
“Eu não sou investigador, não sou policial e não sou advogado, mas entendo as denúncias que a Folha e o Glenn vêm trazendo aos olhos da sociedade, somados a editoriais do Estadão, do Globo. Nós estamos falando de devidos processos legais, Código de Processo Penal, Constituição Federal, ritos. Sobre isso, é preciso chamar a atenção da Casa, a única instituição que tem poder para fazer esse tipo de investigação”, completou.
Voto de Pesar
Seif também lamentou a morte do sargento Davi Appel da Silva, ocorrido nesta terça-feira, em Criciúma e requereu à mesa, um Voto de Pesar.
O policial foi assassinado por um usuário de drogas durante uma abordagem de rotina. Seif criticou o que chamou de “brechas na legislação” e as audiências de custódia, que, segundo ele, permitem que criminosos reincidentes permaneçam em liberdade.
“O sargento Davi Appel pagou com a sua vida, por marginais que deveriam estar presos e estão soltos pela benevolência, pela humanidade, pelo bom coração da tal audiência de custódia. O Sargento Appel foi um profissional dedicado à segurança pública e perdeu sua vida no cumprimento do seu dever, defendendo a família dos catarinenses de Criciúma, e lamentavelmente, deixando sua esposa e filha, orfãs”, lamentou.