Nesta quarta-feira, dia 6, em audiência solicitada pelo senador Jorge Seif (PL-SC), na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária – CRA, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, prestou esclarecimentos sobre a importação de tilápia e apresentou outras informações sobre o setor.
Na oportunidade, o ministro desmentiu as notícias de que o governo importaria tilápia do Vietnã, garantindo que o que existe é um acordo de cooperação técnica que não atinge o nosso produtor. Ele também agradeceu o apoio dos senadores através de emendas e esclareceu outras ações do ministério que preocupam os produtores.
“Eu sou a favor da liberdade econômica, mas o Vietnã já é um grande exportador. Nós importamos muito peixe deles e da Argentina e temos potencialidade de crescimento. Mas peço e reafirmo a minha solicitação ao senhor que, junto com o Governo Federal, junto com o Ministro Fávaro, realmente não deixe que pescados importados, independentemente se forem da pesca ou da aquicultura, cheguem aqui para fragilizar um setor que ainda está em desenvolvimento”, destacou o senador, que foi Secretário Nacional de Pesca no governo de Jair Bolsonaro.
Seif também questionou sobre como está o recadastramento de pescadores profissionais artesanais, as expectativas para a pesca da tainha para o próximo ano, se já houve a retomada da estatística pesqueira, sobre a malacocultura em Santa Catarina, o licenciamento do Parque Agrícola de Biguaçu e sobre a continuidade da pasta em publicar o Boletim da Aquicultura em Águas da União.
O ministro se comprometeu com todas as solicitações do senador Jorge Seif e garantiu a continuidade dos Comitês Permanentes de Gestão, que são o instrumento legítimo de participação de todos aqueles envolvidos na atividade pesqueira. Também disse estar atento para melhorar a pesca da tainha no próximo ano.
“Existe um grupo de trabalho, composto por servidores do governo federal e estadual, atores da pesca, pescadores, armadores, e se chegou a um consenso sobre aquelas melhores informações disponíveis para fazermos uma pesca da tainha em 2024, em que todos tenham a oportunidade de participar, dentro das melhores condições possíveis, sempre com as melhores informações científicas, nos balizando para que o ordenamento seja racional, sustentável e a gente possa continuar essa pescaria tão tradicional em Santa Catarina”, respondeu o ministro.